segunda-feira, dezembro 11, 2006

Adolescência sem Álcool



Realizou-se, no passado sábado pelas 16:00, no auditório da Junta de Freguesia de Peso da Régua, mais uma actividade levada a cabo pela Associação Juvenil de Intervenção Cultural, onde se debateu o tema “Adolescência sem Álcool” apresentado pela psicóloga, Dra. Sandra Alves.
O álcool, como o conhecemos hoje em dia, surgiu na Idade Média devido à descoberta e inovação de novas técnicas de destilação levando, assim à produção de bebidas com um teor de álcool mais elevado. O álcool começou a ter uma participação activa na nossa sociedade, nomeadamente em cafés e cabarets, onde se debatiam assuntos políticos e sociais.
Mas foi na Idade Moderna, devido ao consumo excessivo de álcool, que este começou a ser visto como uma dependência e uma doença. Nas palavras da Dr. Sandra, “o álcool é uma droga psicotrópica que actua no sistema nervoso central, provocando uma mudança de comportamento e dependência física e psicológica”. Sendo o álcool uma droga, esta é das únicas drogas, se não a única, socialmente aceite e até incentivada como sinal de maturidade e passagem à idade adulta. O consumo de álcool é permitido a partir dos 18 anos de idade.
Alguns dos tópicos fulcrais foram, sem dúvida, o porquê de se consumir álcool e quais as suas consequências.
Existem vários factores que influenciam o consumo de álcool, tais como: a hereditariedade (se existem casos anteriores na família....); individuais (a idade, estado civil, situação profissional…); psicológicos (desinibição, tentativa de melhorar a interacção com os outros, problemas sexuais, stress, ansiedade…) e socioculturais (hábito, costume, facilidade de acesso em supermercados…).
No que diz respeito às consequências, também estas são muitas e a diferentes níveis: fisiológico (aumento da probabilidade de doenças cardiovasculares, hepatites, cirroses, impotência sexual, infertilidade…); psicológico (depressão, deterioração de células essenciais ao nosso organismo, pensamentos suicidas…); social (aumento de acidentes de viação, criminalidade, doenças sexualmente transmissíveis…); familiar (violência doméstica, problemas durante a gravidez…).
Sendo Portugal o terceiro País da Europa e do Mundo com maior consumo de álcool e sendo o álcool a terceira causa de morte no nosso País, há que remodelar a mentalidade da sociedade para um bem pessoal e consequentemente comum, reestruturando os hábitos e os costumes já existentes.
No final da palestra foram servidos alguns cocktails sem álcool a comprovar que se conseguem fazer bebidas deliciosas, fáceis e rápidas sem o contributo do álcool.
Para mais esclarecimentos sobre este assunto e/ou ajuda consulte o Projecto Vida em http://www.projectovida.pt/ ou por e-mail linhavida.lx@ipdt.pt .

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